"Rooney da Ásia"?

Dei uma passada pela área de serviço da minha casa e vi um jornal, sobre um banco, com uma chamativa manchete: "Olho no 'Rooney da Ásia'", ao lado da foto de um jogador perfilado para cantar o hino nacional com a camisa da Coreia do Norte, adversária da seleção brasileira no grupo G da Copa do Mundo. Era uma matéria de Claudia Sarmento de quase 1 mês atrás (21 de março), no caderno de esportes do Jornal Extra, falando sobre Jong Tae-Se, atacante da seleção do "país mais fechado do mundo" - como a própria jornalista cita no texto.
Tae-Se, curiosamente, é japonês. Mas optou pela cidadania norte-coreana pois durante sua juventude passou por escolas subsidiadas pela Coreia do Norte. O jogador, apelidado de "Wayne Rooney" pela sua capacidade de decidir partidas, joga no Kawasaki Frontale, onde é companheiro de equipe de três brasileiros: Renatinho (atacante, ex-Santos), Vitor Júnior (meia, ex-Cruzeiro, Sport e Santos) e Juninho (atacante, ex-Bahia, Vila Nova, União São João e Palmeiras) - pelos quais foi influenciado a estudar português.
Em entrevista à Placar, Jong Tae-Se diz que não acha seu futebol tão parecido com o de Rooney, mas sim com o de Didier Drogba, que será seu adversário na primeira fase do Mundial da África do Sul.
Apesar de ser um ponto de interrogação, não acho que a Coreia do Norte tenha capacidade de surpreender tanto nesta Copa. Não acho também que ela tenha realmente Rooneys, Messis ou Ibrahimovics. Mas de qualquer forma, é bom a seleção de Dunga abrir o olho, já que o Brasil anda adorando tropeçar nos "times menores".