sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Brasil foi mal, mas ainda tenho paciência

O Brasil jogou mal contra Portugal. Foi pouco agressivo e ameaçado quando os lusitanos resolveram atacar (só no segundo tempo).
É legítimo dizer que o time brasileiro se mostrou limitado. Os jogadores que tinham a função de fazer o jogo acontecer foram falhos ou nulos. Júlio Baptista e Michel Bastos não merecem nota maior que zero. Só não acho que essa partida seja um grande parâmetro para o confronto das oitavas-de-final.
Por quê? Porque a seleção brasileira jogou hoje sem Kaká, o principal armador e esperança do time, e Robinho, que chama o jogo para si e parte para cima.
Claro, alguns errantes de hoje também jogarão na segunda (principalmente o Michel Bastos). Mas o jogo será diferente, pois a mentalidade da equipe deverá ser diferente, já que jogadores diferentes (ou "diferenciados", se preferir) estarão em campo.

A partida do Brasil foi digna de críticas, mas não de desespero.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Duelo suicida

Mesmo tendo se classificado para o Mundial no aperto e na mão grande (literalmente), esperava-se uma Copa do Mundo digna por parte da França. Mas as expectativas mudaram rapidamente para um realismo lamentável diante do conturbado ambiente na seleção atual vice-campeã mundial. Discussões internas entre jogadores e comissão técnica não poderia refletir bons jogos dentro de campo. E o negativismo de Les Bleus apareceu no placar de cada jogo disputado. Empate sem gols com o Uruguai, derrota de 2 a 0 diante do México e agora mais uma partida sem pontuar, a da eliminação.

Do outro lado, a seleção anfitriã. A que defendia um tabu: nunca antes o time da casa havia sido eliminado ainda na primeira fase.
Tabu quebrado.
Apesar de ter batalhado desde o primeiro jogo, quando empatou em 1 a 1 com o México, e mesmo depois de ter sofrido um "sonoro" 3 a 0 do Uruguai, a África do Sul fez um bom jogo contra a França, como nas outras partidas: transpirando ultrapassagem aos próprios limites. A meu ver, 2 a 1 não refletiu o que foi o jogo. Os Bafana-bafana mereciam, no mínimo, 3 a 1 no marcador. Pela organização, pela criação e pela persistência. 2 foi pouco. 3 também seria. E assim os sul-africanos estão, agora, limitados a organizarem o resto do espetáculo. Mas merecem aplausos. Pelo time, pela torcida.

Gostei da África do Sul. Da garra, do espírito. Parabéns ao Parreira, que mesmo com um time bastante limitado, conseguiu fazer partidas dignas contra fortes adversários.
E como o próprio treinador brasileiro disse na coletiva pós-jogo: "The life goes on!"

domingo, 20 de junho de 2010

Stéphane Lannoy permitiu a violência por parte da Costa do Marfim

Eu poderia estar aqui falando da segurança do time do Brasil - que nenhuma outra grande seleção demonstrou até agora -, da bela atuação do Luís Fabiano (2 gols)... mas não. Sou obrigado a falar do papel ridículo da Costa do Marfim no jogo e da negligência do árbitro Stéphane Lannoy.

Os costa-marfinenses não estavam dispostos a jogar futebol. Queriam dar porrada. Pra quebrar mesmo. Fizeram isso com Elano, Kaká, Luís Fabiano, Robinho, e certamente com mais alguém que eu não esteja lembrando agora. O fato é que os atletas do time africano foram carniceiros.

Mas quem permitiu todo esse cenário de luta livre foi o árbitro francês Stéphane Lannoy. Até agora, o pior da Copa. Pior até mesmo que o malinês que anulou um gol legal dos Estados Unidos, contra a Eslovênia.
Esse árbitro, que não merece apitar nem a terceira divisão do Timor Leste, permitiu toda a violência da partida. Não punia os criminosos da Costa do Marfim. E quando expulsou alguém, foi o Kaká, em um de seus raros momentos de nervosismo - induzido graças ao clima tenso do jogo.

O árbitro também errou ao não ver o Luís Fabiano levar a bola com o braço, mas se mostrou totalmente incompetente ao permitir o jogo de futebol ser transformado em luta livre.

A Costa do Marfim merece ser eliminada da Copa do Mundo de Futebol, pois não joga futebol; e o juiz deve procurar outro esporte para mediar.

Quem sabe depois eu venha falar sobre futebol. Boa vitória brasileira.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasil tem vitória (e futebol) magra, mas não é para se preocupar - ainda.

Olá.
Ontem eu falei sobre os 3 jogos do dia. Mas hoje, só pude assistir o do Brasil. Portanto, seguem as abobrinhas verdes e amarelas:

Vencer a Coreia do Norte apenas por 2 a 1 parece ser motivo de preocupação para muitos. Eu não acho.
O time do país mais misterioso do mundo joga numa retranca absurda, com uma linha de 5 defensores, 4 meio-campistas e só o talentoso (o único do time) Jong Tae-Se no ataque. E já se sabe, não é de hoje, que a seleção brasileira tem vitórias magras (ou empates, ou até mesmo derrotas) contra times fracos porém retrancados. Isso aconteceu muito nas eliminatórias, por exemplo. Hoje não foi diferente.
O Brasil não conseguia furar bem o bloqueio norte-coreano. Não criava, e até sofreu alguns ataques - principalmente pela esquerda, mal defendida por Michel Bastos. Levou um gol. Mas não era ameaçado o tempo todo. O adversário não se mostrava um risco, o Brasil que simplesmente não era avassalador como se esperava.
Não quero isentar de culpa a fraca atuação do Kaká e a improdutividade do Elano (apesar do gol marcado - poderia ter dado mais velocidade à ligação, principalmente mais vezes com o Maicon no primeiro tempo). Há o que se melhorar na seleção brasileira. Mas já é sabido que, contra times "fracos" (a Coreia não é um time ruim, inocente - só não é forte), o time de Dunga não convence tanto. Convence contra as seleções mais fortes. Se isso é uma qualidade ou um defeito, não é o que está em discussão (acho que é uma qualidade). Mas me faz pensar que, um nada encantador 2x1 contra a Coreia do Norte, não é motivo para preocupações. Não é parâmetro para as próximas partidas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Copa do Mundo - 4º dia

Pois é, amigos. Depois de um bom tempo ausente do blog, volto a postar. A Copa do Mundo não poderia passar em branco.
Venho hoje fazer um resumo do que vi e percebi das três partidas de hoje.

Holanda 2x0 Dinamarca (Grupo E) - A Holanda jogou um pouco abaixo das expectativas. Por estar há 19 partidas sem perder até a peleja de hoje, esperava-se mais inspiração dos neerlandeses. Não foi uma aula de criatividade, mas sim de objetividade. Os 11 Laranjas (que devem ser mais temidos que os 5 grandes animais africanos, como diz a frase do ônibus) fizeram o suficiente para vencerem a pouco ameaçadora, porém não desorganizada, Dinamarca. Esta pode até passar como segunda do grupo, mas a seleção japonesa também mostrou ser bem postada taticamente (falarei mais desta a seguir).

Japão 1x0 Camarões (Grupo E) - Eto'o já pode trabalhar num programa humorístico. Foi essa a conclusão de todos, lembrando, ao final da partida, de sua declaração há um tempo atrás: "Camarões tem um time para ser campeão do mundo". Os Leões Indomáveis (bem domáveis) fizeram uma partida bem fraca. Os africanos fizeram somente duas boas jogadas: uma de Eto'o, que passou por 3 marcadores na direita e cruzou para Moting, que finalizou muito mal; e um chutaço de M'Bia, que carimbou o travessão.
No Japão, a destacar a organização do time. Se não é brilhante tecnicamente, taticamente vai muito bem. É uma equipe objetiva e mostra que é mais um time comprovando aquela frase: "Não existe mais bobo no futebol".

Itália 1x1 Paraguai (Grupo F) - A Itália começou melhor, atacando mais. Mas quem abriu o placar foi o Paraguai, numa jogada aérea. Depois disso, raras foram as vezes que a seleção sul-americana ameaçou a europeia. E pior: Justo Villar fez o favor de sair muito mal do gol depois de uma cobrança de escanteio, deixando De Rossi livre para empurrar a bola pro fundo da rede.
Depois do empate, a Itália continuou pressionando, mas não alterou o placar. Porque falta qualidade no meio-de-campo (Pirlo não pôde jogar - lesionado - e Marchisio foi nulo) e técnica no ataque (Gilardino, Di Natale e Iaquinta não adicionaram muito à Azzura).
Espera-se que a seleção italiana melhore nas próximas partidas, como costuma fazer em Copas. Mas até que o segundo tempo do time de Marcello Lippi não foi ruim.