quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que move o futebol?

Desde sempre, a torcida. Mas as coisas andam mudando.

A paixão do brasileiro pelo futebol explodiu principalmente no Sul-Americano de 1919, vencido pelo Brasil, na final contra o Uruguai.
A partir daí, a grande torcida do futebol brasileiro surgiu. O esporte que era da elite, virou das massas, do povo.
No processo de inclusão de negros nos times de futebol até por volta da década de 50, mais torcida, mais gente de todo tipo: rico, pobre, do interior, da capital, etc.

Essas torcidas sempre foram o combustível de seus times. Lotar estádio, comprar camisa e todos os outros produtos do clube, enfim, fazer de tudo para estar próximo da sua paixão.
Sem dúvidas, os clubes jamais conseguiriam se manter sem o que a torcida sempre lucrou para eles. Seja em compra direta de produtos, seja em venda "indireta", divulgando a "marca" do clube.

Mas nem tudo continua desse jeito. Para muitos - novos - clubes, a torcida parece ser algo desprezível, dispensável.
A principal renda hoje vem de empresários, empresas e, eventualmente, da torcida.
Exemplos desse mecanismo? O Grêmio Barueri, que em breve, se chamará Grêmio Prudentino - ou terá qualquer outro nome relacionado à sua nova cidade, Presidente Prudente; o Ipatinga; o São Caetano; etc...

Para clubes assim, a torcida parece ser o de menos. Eles seguem muito bem e com muito dinheiro proveniente de empresas e até mesmo de caixas públicos, como os apoiados por prefeituras (caso do Barueri, até o governo da cidade ser "passado para trás" por empresários).

Outros casos que nem envolvem clubes-empresa, como a decisão da Federação de Futebol do Rio de Janeiro de não vender ingresso em dias de jogos, mesmo em "jogos de uma só torcida", também afastam a torcida do time. Os altos preços das entradas, idem.
Como disse Paulo Stein no programa Bate-Bola, da ESPN Brasil, o futebol está sendo voltado para a elite. Estamos retrocedendo.

O que vale para os clubes hoje, é quem tem mais dinheiro. Primeiro, os investimentos "extra-futebol". Em segundo plano, quem mais pode pagar na torcida.


A torcida já está deixando de ser prioridade no futebol.

Um comentário:

André Luiz Velloso disse...

nééééé
esses times de empresário me dão nojo... muito clube tradicional pelo país inteiro ta quase fechando as portas...