domingo, 15 de junho de 2014

Behrami e Seferovic são heróis em partida impecável de Djourou

Os primeiros quarenta e cinco minutos de Suíça x Equador não foram dignos do "Selo Copa 2014 de Qualidade". Com poucos momentos emocionantes, o gol de Enner Valencia e a habilidade de Jefferson Montero foram insuficientes para atingir o nível das outras partidas deste Mundial.

A segunda etapa, no entanto, comprovou que certamente, no intervalo, os jogadores de ambas as equipes assistiram no vestiário a uma compilação dos melhores momentos das oito partidas anteriores. Logo com dois minutos de bola rolando, Mehmedi, que havia acabado de entrar, igualou de cabeça. Daí em diante, Jefferson Montero, pela esquerda, com habilidade e velocidade, continuou fazendo a defesa suíça suar, bem como Enner Valencia, sempre perigoso na linha de frente.

Apesar da rapidez equatoriana, a Suíça também ameaçava: ora com Inler e suas venenosas finalizações de fora da área, ora com a velocidade de Shaqiri. O momento mais heróico da equipe europeia, entretanto, veio nos acréscimos, faltando 1 minuto para o apito final: o Equador partia em bom contra-ataque com Arroyo, que, na entrada da área, quando se preparava para finalizar e sacramentar mais uma vitória latinoamericana, foi desarmado de maneira providencial por Behrami, que seguiu conduzindo a bola, a qual chegou a Rodríguez, bom apoiador, que cruzou para Seferovic — o qual também entrou apenas no segundo tempo: mais um ponto para Hitzfeld! — implodir o Equador. Mais uma virada, mais êxtase na Copa. Até agora, nenhum empate.

O dono da partida, a meu ver, todavia, não estava no ataque de nenhuma das equipes, e sim na defesa: o costamarfinense naturalizado suíço, zagueiro do Hamburgo, Johan Djourou. Não fosse por seus desarmes providenciais e impecáveis, é provável que Jefferson Montero tivesse dado mais trabalho a Benagl. Ainda que jogando à direita da defesa europeia, apareceu por vezes na esquerda para neutralizar ofensivas equatorianas. Levou um cartão por impedir Enner Valencia de progredir depois de bela enfiada de Ayoví, mas, no todo, foi magistral. Zagueiraço!

E que venha França x Honduras!

Vinícius Franco
15 de junho de 2014

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