domingo, 21 de junho de 2009

3x0, sem dificuldades

Foi um passeio.

Não foi o tempo todo um futebol tão vistoso, mas foi bom.

O Brasil jogou um bom futebol, eficiente. A seleção italiana também não jogou mal, mas não jogou o suficiente para segurar a eficiência brasileira.

Admito, critiquei muito as primeiras convocações e os primeiros jogos dessa seleção comandada pelo Dunga. O time não tinha forma, jogava mal, errava muito. Isso não acontece com tanta frequencia mais.

Não é um futebol cheio de dribles e graça. Mas é muito eficiente.

Análises individuais:

Começando pela defesa: Com um ótimo goleiro, os perigos são afastados quando a defesa joga bem como jogou hoje.

A defesa se mostrou sólida, apesar de ter dado sustos contra o Egito. Lúcio e Juan (substituido pelo Luisão) cortaram tudo. Por cima, por baixo... quando a bola chegava, era afastada e com eficiência e também com elegância - principalmente por parte do Lúcio.

Maicon jogou bem, mais uma vez, e parece que é o titular de Dunga na lateral-direita. Justo. Mas não foi brilhante como contra os Estados Unidos.

Na outra lateral - a esquerda -, André Santos não jogou mal quando a bola chegava nele. Chegava pouco porque ele buscava pouco, parecia com medo de jogar e se escondia no meio atrás da marcação. As jogadas que surgiam pela esquerda, eram criadas por - acredite - Lúcio (!).

Na cabeça da área, consistência e boa saída de bola principalmente no primeiro tempo. Gilberto Silva foi bem, mas no segundo tempo relaxou um pouco. Assim como Felipe Mello, que mais uma vez mostra que tem muita competência na saída de bola, o que o garante na seleção, mas no segundo tempo também relaxou um pouco e a Itália conseguia finalizar de fora da área. Por sorte, nada que tenha assustado muito. (Kléberson e Josué entraram no lugar de Felipe Mello e G. Silva, respectivamente, mas entraram já no final).

Ramíres começou muito bem, tanto que colocou uma bola na trave de Buffon. Da metade do primeiro tempo e no segundo tempo, sumiu um pouco. Mas mostrou qualidade na armação. Junto com ele, Kaká, que dispensa comentários dando o toque de maior classe nesse meio-de-campo.

No ataque, Luís Fabiano, sempre oportunista e competente, fez 2. Cada vez mais carimbando seu passaporte para a Copa ano que vem.

Robinho foi muito improdutivo, apesar de ter causado o terceiro gol do Brasil (contra, de Dossena). Tentava muitos dribles, errando muito. Muitos passes errados também.

Dunga finalmente vai mostrando que esse time tem forma e que pode jogar bem numa possível - e provável - final contra a Espanha. O goleiro é ótimo, a defesa é sólida, as laterais defendem e atacam bem (apesar de que ainda não gosto dessas opções na lateral-esquerda), a cabeça-de-area marca e sai bem a bola, a armação está muito boa e o ataque muito competente (apesar das apagadas atuações de Robinho, que poderia dar lugar a Nilmar ou Pato).

A Itália volta pra casa, eliminada no saldo de gols pelos - acredite de novo - Estados Unidos, que também venceu o Egito hoje por - sim, acredite mais uma vez - 3x0.

Parece que vai ser fácil - até demais - contra a África do Sul na semi-final. Essa que se classificou vencendo apenas uma partida (contra o Iraque) e passou por causa do saldo de gols. Bafana Bafana joga um futebol fraco, com nenhum brilho de seus jogadores.

A Espanha pegará os Estados Unidos, que só complicou a vida do Egito, mesmo surpreendentemente. Também aposto na Fúria como finalista.

Texto:  Vinícius Franco

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